Lidar de uma forma saudável com as nossas emoções é um desafio e tanto! Ainda mais numa realidade repleta de estímulos como a que estamos vivendo.
Para ajudar nesse desafio de lidar melhor com as emoções, trago mais alguns trechos da canalização feita por Pamela Kribbe e traduzida por Vera Corrêa.
Importante! Caso não tenha lido o texto sobre a diferença entre sentimento e emoção postada anteriormente, sugiro que leia primeiro, ok?!
Boa leitura!
“Os sentimentos são os nossos professores, enquanto as emoções são as nossas crianças.
As emoções não deveriam ser julgadas nem reprimidas. As emoções são uma parte vital de vocês, como seres humanos, e assim elas precisam ser respeitadas e aceitas. Vocês podem olhar para as suas emoções como se fossem seus filhos, que precisam da sua atenção e respeito, e da sua orientação.
A melhor forma de se encarar uma emoção é como uma energia que vem a vocês para a cura. Portanto, é importante que vocês não sejam totalmente arrebatados pela emoção, mas que se mantenham aptos a olhar para ela de uma posição neutra. É importante que se mantenham conscientes. Podemos colocar esta questão da seguinte forma: vocês não deveriam reprimir uma emoção, mas também não deveriam mergulhar nela. Pois, quando vocês se afundam na emoção, quando vocês se identificam com ela completamente, a criança em vocês torna-se um tirano que os desviará do caminho.
A coisa mais importante a fazer com uma emoção é permitir que ela aflore, sentir todos os seus aspectos, mas sem perder a consciência enquanto isso. Tomem por exemplo a raiva. Vocês podem convidar a raiva a estar completamente presente, experiencia-la em diversos pontos do corpo de vocês e, enquanto isso, ao mesmo tempo, vocês ficam observando-a de uma forma neutra. O que acontece, então, é que vocês abraçam a emoção com a compreensão. Isto é alquimia espiritual.
Digamos que o seu filho tenha batido o joelho na mesa e esteja realmente com muita dor. Ele está perturbado, zangado, berrando de dor, e chuta a mesa, porque está bravo com ela. Ele acha que a mesa é a causadora da sua dor.
Orientar emocionalmente, neste momento, quer dizer que primeiro ajudamos a criança a definir a sua experiência: “Você está bravo, não está? Você está com dor, certo?” Definir é essencial. Assim transferimos a raiz do problema da mesa para a própria criança. “O problema não está na mesa. É você que está machucado, é você que está bravo. E, sim, eu entendo a sua emoção!”
Ao abraçarmos uma emoção com compreensão e compaixão, mudamos o foco de atenção da criança do exterior para o interior, e ensinamos a criança a se responsabilizar pela emoção. Estamos mostrando ao filho que sua reação a um causador externo não é o habitual, mas que é uma questão de escolha. “Você pode escolher a incompreensão ou a compreensão. Você pode escolher brigar ou aceitar. Você pode escolher.”
Isto também se aplica ao relacionamento de vocês com as suas próprias emoções, com a sua própria criança interior. Permitir que as suas emoções aflorem, defini-las e fazer um esforço para compreendê-las, significa que vocês realmente respeitam e tratam com carinho a sua criança interior. Fazer a mudança do “externo” para o “interno”, responsabilizando-se pela emoção, ajuda a criar uma criança interior que não quer machucar ninguém e que não quer sentir-se vitimada. Emoções fortes – seja raiva, tristeza ou medo – sempre têm o componente da impotência, isto é, o sentimento de que vocês são vítimas de algo que está fora de vocês. O que acontece quando vocês não se focalizam nas circunstâncias externas e sim na sua própria reação e na sua dor, é que vocês “demitem” o mundo externo do papel de causador das suas emoções. Vocês já não se importam tanto com o que deu origem à emoção. Vocês voltam-se completamente para dentro e dizem a si mesmos: “Está bem, esta foi a minha reação e eu entendo o porquê. Eu entendo porque eu me sinto deste jeito, e eu vou apoiar a mim mesmo nisto.”
Voltar-se para as suas emoções de uma forma tão amorosa é libertador. Isso requer uma certa auto-disciplina. Liberar a realidade externa do papel de “fonte do mal” e assumir totalmente a responsabilidade significa que vocês reconhecem que “escolhem reagir de uma determinada maneira”. Vocês param de discutir sobre quem está certo e quem está errado, quem é culpado pelo o que, e vocês simplesmente liberam toda a cadeia de situações que ocorreram fora do seu controle. “Agora eu vivencio esta emoção totalmente consciente de que eu escolho fazer isto.” Isto é assumir a responsabilidade. Isto é coragem!
A autodisciplina, neste caso, é desistir de ser o correto e de ser a vítima indefesa. É desistir de sentir raiva, de se sentir incompreendido e de todas as outras expressões da condição de vitima, das quais muitas vezes vocês até gostam (Na verdade, vocês frequentemente alimentam as emoções que mais os incomodam). Responsabilizar-se é um ato de humildade. Significa ser honesto consigo mesmo, inclusive nos seus momentos de maior fraqueza.
Este é o verdadeiro papel da consciência na auto-cura. É isto que a alquimia espiritual significa. A consciência não luta nem rejeita coisa alguma, ela envolve a escuridão com a percepção. Ela envolve as energias da incompreensão com a compreensão e assim transforma metal em ouro. Consciência e amor são essencialmente a mesma coisa. Ser consciente significa deixar que algo exista e rodeá-lo com amor e compaixão.
Existem várias maneiras de contatar as emoções que estão dentro de vocês. É vital compreender que a energia que ficou presa na emoção quer se movimentar. Esta energia quer ser libertada e, assim, ela bate à sua porta sob a forma de um problema físico ou uma sensação de estresse ou depressão. Para vocês, é uma questão de realmente se abrir e estar preparado para sentir a emoção.
As emoções são parte da sua realidade terrena, mas elas não deveriam dominar vocês. As emoções são como as nuvens para o sol. Por isso é importante estar atento às suas emoções e lidar com elas conscientemente. Com um corpo emocional limpo e equilibrado, é muito mais fácil contatar a alma de vocês, ou o seu âmago, através da sua intuição.
Algumas coisas podem ter entrado na vida de vocês, que provocaram, justificadamente, emoções de raiva e ressentimento em vocês. Isto pode ter acontecido na sua juventude, mais tarde, ou até em vidas passadas. É muito importante que vocês contatem essas emoções conscientemente, e percebam a raiva, a tristeza e qualquer outra energia intensamente carregada, dentro de vocês. Mas, num certo momento, vocês precisam responsabilizar-se pelas suas emoções, pois elas constituem as suas reações a um acontecimento externo.
Estar centrado, ser claro e poderoso e espiritualmente equilibrado, significa que vocês assumem a responsabilidade por todas as emoções que estão em vocês. Vocês podem, então, reconhecer a emoção da raiva (por exemplo) dentro de si mesmos e, ao mesmo tempo, dizer: “Esta foi a minha reação a certos acontecimentos. Eu envolvo esta reação com compreensão mas, ao mesmo tempo, eu tenho a intenção de liberá-la.”
Em última análise, a vida não é uma questão de estar certo; é uma questão de ser livre e inteiro. É muito libertador liberar as velhas reações emocionais que acabaram tornando-se um “estilo de vida”.
“Eu sinto isto, eu escolho esta reação, para que eu possa curá-la.” Reivindicar a sua maestria – na verdade, é disto que se trata a minha mensagem de hoje.
Reivindiquem a sua maestria, tornem-se mestres de todas as porções de emoção que os torturam, muitas vezes pelas suas costas. Entrem em contato com elas, assumam a responsabilidade. Não se deixem levar por feridas emocionais inconscientes, que desviam vocês e bloqueiam o seu caminho para a liberdade interior. É a sua consciência que cura. Ninguém mais pode restaurar o poder sobre as suas próprias emoções, além de vocês mesmos.
Tornar-se inteiro e livre, no nível emocional, é um dos aspectos mais importantes do crescimento espiritual.”
Canalização completa disponível em: https://jeshua.net/por/canalizacoes/a-serie-de-cura/lidando-com-as-emocoes/